Unhas carcomidas, mais largas e curtas, dedos com feridas, às vezes até infeccionadas – é fácil perceber quando alguém rói as unhas com frequência, não é? À primeira vista, a má aparência parece ser a única consequência para quem tem essa mania. Mas há muitas outras… roer as unhas é um transtorno nervoso conhecido como onicofagia, que geralmente surge na infância e está associado à insegurança, à ansiedade e ao estresse.
A pessoa leva as os dedos à boca e começa a mordiscar sem parar. É um ato aparentemente inofensivo, mas as bactérias acumuladas debaixo das unhas e o movimento das mordidas podem afetar as gengivas, os dentes, a mandíbula, o estômago e o intestino.
A origem psicológica torna roer as unhas um hábito difícil de abandonar e muita gente mantém ele sem saber o quanto isso pode ser danoso, especialmente para a saúde bucal. Se você é uma dessas pessoas, veja abaixo como roer as unhas prejudica seus dentes, gengivas e mandíbula – e confira algumas dicas para parar com isso de vez.
Roer as unhas: veja como isso prejudica seus dentes
1) Desgaste do esmalte
Quando rói as unhas, você projeta sua mandíbula incorretamente para trás e para frente e exerce uma pressão muito forte nos dentes, principalmente os incisivos superiores e inferiores. Isso provoca o desgaste do esmalte e faz com que os dentes fiquem desprotegidos, facilitando a incidência de cáries, por exemplo. Além disso, também há o risco de trincar ou lascar os dentes.
2) Apinhamento e má-oclusão
Ainda por conta da pressão exercida, roer as unhas continuamente pode causar apinhamento dos dentes e má-oclusão (quando as arcadas dentárias não se encaixam de forma perfeita). Isso ocorre principalmente com crianças em fase de desenvolvimento dos dentes. Para corrigir esses problemas, é necessário usar aparelho ortodôntico.
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3) Bruxismo
Pessoas que roem as unhas estão mais propensas a desenvolver bruxismo – o ato de ranger ou apertar os dentes sem intenção, normalmente durante o sono, que pode causar dor de cabeça, sensibilidade, perda dental e retração da gengiva.
4) Lesão nas gengivas
Os pedaços de unhas roídas têm bordas cortantes e estão cheios de bactérias. Eles podem ficar presos entre os dentes, lesionar e contaminar as gengivas, dando lugar a inflamações, sangramentos e mau hálito.
5) Alterações na mandíbula
O movimento feito para roer as unhas também pode gerar problemas na mandíbula: os mais comuns são estalos e dor ao mastigar, porém, em casos extremos, também pode haver o comprometimento das articulações, dando uma aparência assimétrica ao rosto.
Essas são apenas algumas consequências para a saúde dentária causadas pelo ato de roer as unhas, mas as bactérias, vírus e fungos acumulados debaixo das unhas ainda podem causar outras doenças no estômago e no intestino. Então, não faltam motivos para parar de roer as unhas!
Para dar fim a este hábito, não há fórmula mágica: você precisa estar determinado. A terapia comportamental costuma ser a saída mais efetiva, pois foca em acabar com o hábito de levar a mão à boca em situações de estresse e ansiedade. Manter as unhas sempre cortadas e lixadas, passar esmaltes e aplicar inibidores com gosto amargo também pode ajudar.
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